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Edição 2022

METODOLOGIA

A pesquisa foi realizada pelo Ipec com 2.600 entrevistados, maiores de 18 anos, das cinco regiões do Brasil, entre os dias 25 de novembro de 2022 a 26 de janeiro de 2023. As entrevistas foram realizadas por telefone com apoio de questionário eletrônico, no sistema C.A.T.I (Computer Assisted Telephone Interview).

 

O questionário eletrônico utilizado para a coleta dos dados foi traduzido e adaptado da pesquisa nacional sobre percepção de clima dos Estados Unidos, realizada pelo Programa de Mudanças Climáticas da Mudanças Climáticas da Universidade de Yale (Yale Program on Climate Change Communication). Foram também adicionadas ao questionário perguntas relativas à realidade brasileira, como por exemplo, as queimadas na região amazônica e as expectativas com o novo governo, além de perguntas sobre o Ministério dos Povos Originários e demarcação de terras indígenas.

Fatores de ponderação foram calculados pelo Ipec para correção de cotas populacionais, com base em dados da PNAD-IBGE.

 

A amostra da pesquisa é representativa da população brasileira com 18 anos ou mais e garante a leitura independente dos resultados por região geográfica do Brasil. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para o total da amostra, considerando um nível de confiança de 95%.

Para ter acesso aos dados abertos da pesquisa, escreva para itsrio@itsrio.org.

LEIA TAMBÉM

Relatório descritivo feito pelo Yale Program on Climate Change Communication

Clique para fazer o download

Veja algumas descobertas do estudo 

VOCÊ ACHA QUE ESTÁ ACONTECENDO MAIS DESASTRES AMBIENTAIS POR CAUSA DO AQUECIMENTO GLOBAL?

JÁ VOTOU EM ALGUM POLÍTICO EM RAZÃO DE SUAS PROPOSTAS PARA DEFESA DO MEIO AMBIENTE?

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O QUANTO VOCÊ CONCORDA QUE OS ÍNDIOS PROTEGEM A FLORESTA?

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O QUANTO VOCÊ CONCORDA COM A DEMARCAÇÃO DAS TERRAS INDÍGENAS, OU SEJA, O GOVERNO DAR POSSE E USO DESSAS TERRAS APENAS AOS POVOS INDÍGENAS?

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O QUANTO VOCÊ CONCORDA COM A CRIAÇÃO DO MINISTÉRIO DOS POVOS ORIGINÁRIOS, OU SEJA, DOS POVOS INDÍGENAS, PELO GOVERNO LULA?

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CONCLUSÃO

MUDANÇAS CLIMÁTICAS E AQUECIMENTO GLOBAL

QUEIMADAS NA AMAZÔNIA

A terceira edição da pesquisa indica uma diminuição na proporção de brasileiros que se declaram preocupados com o meio ambiente, ainda que o tema gere algum nível de preocupação na maioria da população. Apesar disso, somente dois em cada dez brasileiros consideram saber muito sobre aquecimento global e mudanças climáticas. Entre os não-usuários de Internet, a proporção que declarou saber muito sobre a temática em 2022 foi maior do que em 2021, o que indica que a circulação de informações sobre aquecimento global e mudanças climáticas não se restringe à Internet.

Na edição de 2022, a pesquisa investigou acontecimentos ligados ao meio ambiente e o quanto a população considera que eles ocorrem por causa do aquecimento global. É quase unânime a percepção dos brasileiros de que, nos últimos anos, houve aumento no preço dos alimentos, na poluição do ar, na temperatura, ou no valor da conta de energia. Porém, a associação do aquecimento global com fenômenos como aumento do preço dos alimentos ou conta de energia ocorre em menores proporções do que outros impactos percebidos como mais diretos, como aumento da temperatura, ou diminuição das chuvas, por exemplo.

As mulheres, a população mais à esquerda, e as pessoas que se autodeclararam da cor preta demonstraram maior preocupação em relação aos impactos do aquecimento global no futuro, e também no que se refere a quanto o aquecimento global poderia prejudicar a si próprio e sua família. Ao investigar quem poderia contribuir mais para resolver o problema das mudanças climáticas, foi possível observar uma diferença entre faixas etárias: os mais jovens (18 a 24 anos) mencionam com maior frequência que os cidadãos devem contribuir na resolução da questão das mudanças climáticas, enquanto entre a população com 55 anos ou mais, há uma atribuição maior de responsabilidade aos governos. 

Já no que diz respeito às práticas efetivamente adotadas que contribuem para a preservação do meio ambiente, a separação do lixo, o compartilhamento de informações ou notícias relacionadas ao meio ambiente, ou o ato de desistir de comprar um produto que prejudica o meio ambiente, são atitudes mencionadas pela maioria da população. Além disso, de 2021 para 2022, houve redução na proporção da população que declara já ter compartilhado informações em defesa do meio ambiente, ao mesmo tempo em que foi observado crescimento na proporção da população que declara já ter votado em algum político em razão de suas propostas para defesa do meio ambiente. No geral, as práticas investigadas mostram maior engajamento das mulheres, das pessoas com maior escolaridade, e entre quem se define politicamente mais à esquerda.

Quase a totalidade da população declara que já ouviu falar de queimadas na Amazônia e, apesar do aumento da proporção daqueles que consideram que as queimadas diminuíram nos últimos 10 anos, a maioria dos brasileiros ainda considera que as queimadas aumentaram. Sobre as causas das queimadas, a maioria da população tem a percepção de que elas são provocadas por ação humana. As atividades econômicas associadas à exploração da floresta são consideradas das grandes responsáveis pelas queimadas na região.

A maioria da população concorda totalmente que o desmatamento da Amazônia é uma ameaça para o clima, prejudica a imagem do Brasil no exterior, e prejudica a qualidade de vida da população local. Nesse sentido, a ideia de que o desmatamento na Amazônia é uma ação necessária para o crescimento da economia não conta com a concordância da maioria da população, embora nas regiões Norte e Nordeste e nos estados com maior número de focos de queimadas, é possível observar uma maior concordância com essa frase.

Uma das novidades da edição de 2022 da pesquisa, foi a investigação sobre quais meios de comunicação as pessoas costumam se informar sobre o desmatamento na Amazônia. Diferente do que ocorre quando a população se informa sobre assuntos gerais, no caso das informações sobre desmatamento, há um maior uso de mídias tradicionais, como a TV aberta.

Percepção sobre políticas para o meio ambiente e para os povos indígenas

A terceira edição da pesquisa investigou alguns aspectos relacionados às políticas voltadas à população indígena e ao meio ambiente no geral, no contexto da mudança de governo. Nesse cenário, a maioria da população brasileira declara algum nível de concordância, seja total ou em parte, com as políticas voltadas aos povos indígenas, como o caso da criação do Ministério dos povos Originários, nomeado depois como Ministério dos Povos Indígenas, sobretudo no Nordeste e no Norte, e entre a população mais à esquerda no espectro político. Sobre as perspectivas para o futuro, a maioria da população considera que o Governo Lula será melhor do que o Governo Bolsonaro na questão da preservação do meio ambiente, sobretudo em regiões nas quais o atual presidente teve mais votos nas últimas eleições.

COLETIVA DE LANÇAMENTO DA PESQUISA

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