Programa de Pesquisa
2022
O PROGRAMA
Após um processo de seleção muito concorrido com 165 candidaturas, a Comissão Julgadora do Programa de bolsas da pesquisa "Mudanças climáticas na percepção dos brasileiros" anunciou os 4 projetos aprovados, conforme previsto na chamada pública. Além disso, devido ao destaque e ao mérito de outras quatro propostas, a Comissão solicitou a ampliação do programa de bolsas para outras 4 candidaturas por honra ao mérito. Confira abaixo todos os selecionados.
Andreza da Silva Pereira da Conceição, Naiara Carneiro Nunes e Pedro Godoi
Andreza da Silva Pereira da Conceição é bacharel em Economia pela Universidade de São Paulo (USP). É Fundadora e Conselheira da ANFEA, associação que visa fomentar a carreira de jovens estudantes negros formados pela Escola de Negócios da USP. A tese final de graduação de Andreza explorou a interseção entre economia, direito e desmatamento na Floresta Amazônica. Atualmente, ela é economista na MB Associados e assistente de projetos na EmpoderaClima. Escreve semanalmente no Blog da Feira e em seu newsletter no LinkedIn.
Naiara Nunes é orgulhosamente Baiana e Nordestina. Atualmente ela é Bolsista do Programa Chevening e está cursando o Mestrado em Meio Ambiente Global e Direito das Mudanças Climáticas na Universidade de Edimburgo. Na EmpoderaClima, uma plataforma educacional liderada por jovens voltada para a promoção da justiça climática e igualdade de género, ela ocupa o cargo de Oficial de Gestão de Projetos. Ademais, Naiara é também Advocacy Fellow em Clima e Saúde pela Planet Reimagined New Futures Fellowship. Na área climatica, as suas áreas de pesquisa e ação são cidades resilientes ao clima, comunidades saudáveis, movimento seguro para migrantes movidos pelo clima, património cultural e igualdade de género.
Pedro Godoi é natural de Porto Alegre/RS e graduado em Design Gráfico pela UniRitter. Com um especial interesse em gestão de resíduos e ecodesign, Pedro tem colaborado com projetos lixo zero e de logística reversa ao longo dos anos, tendo trabalhado com marcas como Red Bull, Havaianas, P&G, Tramontina e iFood. Pedro acredita que um mundo verdadeiramente sustentável é possível e se esforça para ter um estilo de vida lixo zero.
ARTIGO
O gênero influencia a percepção sobre mudanças climáticas no Brasil?
publicado dia 04 de Novembro de 2022 - empoderaclima.org
Bruna Fernanda Suptitz e Emerson Diego Zotti
Bruna Fernanda Suptitz: Porto Alegre, 31 anos, mãe de gatos! Jornalista com especialização em Direito Ambiental e Urbanístico. Integra a turma inaugural do Oxford Climate Journalism Network, programa do Reuters Institute for the Study of Journalism na Universidade de Oxford. Foi repórter de Política no Jornal do Comércio. Em 2019 criou o projeto de comunicação “pensar a cidade”, que é também uma coluna semanal e blog no JC.
Emerson Diego Zotti: Mestre em Desenvolvimento Sustentável pela Universidade de Sussex (Reino Unido) com foco em políticas de CT&I. É ex-bolsista Chevening. Atuou em programas para a construção de consenso, cooperação técnica e fortalecimento das capacidades para estimular o desenvolvimento socioeconômico de comunidades, a governança participativa, a inovação e o desenvolvimento tecnológico. Adora café e bolo de fubá.
VÍDEO
Aquecimento global e mudanças climáticas são a mesma coisa? Entenda suas diferenças.
Aquecimento global e mudanças climáticas são conceitos já conhecidos pelos brasileiros. Mas, apesar de aparecerem muitas vezes no mesmo contexto e terem relação entre si, eles não são sinônimos. O aquecimento global é o aumento da temperatura média do planeta a longo prazo, o que tem sido causado pela emissão dos gases de Efeito Estufa. Já as mudanças climáticas são as alterações nos padrões do clima do planeta, com graves consequências para a sobrevivência humana. O vídeo apresenta estes conceitos, contextualizando a explicação com os dados da pesquisa "Mudanças climáticas na percepção dos brasileiros (Edição 2021)".
José Dias Neto
José Dias Neto: Sociólogo, especialista em elaboração, gestão e avaliação de projetos sociais, com mestrado em Geografia e doutorado (em andamento) em Geografia pela Universidade Federal de Minas Gerais. No campo acadêmico, desenvolve pesquisas com povos e comunidades tradicionais, com destaque para a etnia Pataxó. Atua também como consultor na área socioambiental, desenvolvendo estudos e análises socioeconômicas, bem como elaboração e implementação de projetos e programas socioambientais. Possui expertise em elaboração, levantamento, monitoramento e avaliação de indicadores sociais, sendo um dos multiplicadores dos Indicadores Ethos credenciados pelo Instituto Ethos. Editor auxiliar da Revista Geografias, do Programa de Pós-Graduação em Geografia da UFMG.
RELATÓRIO ANALÍTICO
Índice de Percepção de Mudanças Climáticas (IPMC)
O Índice de Percepção de Mudanças Climáticas (IPMC) é um indicador composto que aborda, com igual ponderação, três temáticas tratadas na pesquisa “Mudanças climáticas na percepção dos brasileiros”, realizada no ano de 2021 pelo Instituto de Tecnologia & Sociedade do Rio em parceria com o Programa de Mudança Climática da Universidade de Yale e executada pelo IPEC Inteligência. Em síntese, o IPMC consolida em um único número o nível de percepção dos brasileiros sobre mudanças climáticas através da média simples dos resultados em cada uma das três dimensões analisadas, cujos resultados são apresentados de forma global e desagregados por dimensão e perfil da amostra.
Karla França
Karla França: Geógrafa. Nascida no bioma Cerrado. Atualmente é pos-doutoranda do Centro de Estudos em Administração Pública e Governo da Fundação Getúlio Vargas. Doutora em Geografia na linha Gestão Urbana pela Universidade de Brasília (UnB). Mestra em Geografia na linha Gestão do Desenvolvimento Urbano-Regional pela Universidade de Brasília (UnB). Especialista em Direito Urbanístico e Ambiental (PUC/MG).
Atualmente desenvolve pesquisa na linha Tecnologia e Desenvolvimento Urbano. Tem experiência na área de Planejamento Urbano/Regional e Habitação com ênfase na regulação e gestão dos instrumentos urbanos do Plano Diretor, cadastros urbanos, soluções urbanas no segmento Cidades Inteligentes, ações de regularização fundiária de interesse social, resiliência urbana, licenciamento municipal e agendas de desenvolvimento urbano globais. Foi conselheira do Poder Público Municipal no Conselho Nacional das Cidades (CONCIDADES). Exerce função de analista em desenvolvimento urbano em uma entidade não governamental de governos municipais.
ARTIGO
A Percepção Regionalizada da População Brasileira sobre as Mudanças Climáticas
Quando o assunto é mudança do clima, brasileiros e brasileiras apresentam visões diversificadas a partir de suas experiências e vivências regionais. Você já refletiu quem são regionalmente, as brasileiras e brasileiros que mais sabem sobre as mudanças do clima? E os mais preocupados? A finalidade do artigo é chamar a atenção para como a população regionalmente tem percepções diversas da visão nacional e auxiliar em pesquisas futuras sobre aspectos regionais que podem influenciar as percepções da população, a atuação in loco dos agentes e os impactos cotidianos.
Márcia Muchagata
Márcia Muchagata Doutora em Estudos do Desenvolvimento pela University of East Anglia, com mestrado em Agricultura, Meio Ambiente e Desenvolvimento pela mesma universidade, é Engenheira Agrônoma pela ESALQ/USP. Sua atuação, de caráter interdisciplinar, inclui atividades de pesquisa, gestão pública e ensino. Foi pesquisadora e docente ligada à Universidade Federal do Pará e pesquisadora associada na University of East Anglia. É membro da carreira de Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental, ligada ao Ministério da Inovação e Gestão, tendo realizado atividades de formulação, implementação e avaliação de políticas públicas nos Ministérios do Desenvolvimento Agrário, do Meio Ambiente e no Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. No momento exerce atividades na Fiocruz, onde trabalha com temas ligados à Saúde e Proteção Social; Pobreza e Meio Ambiente; Gênero, saúde e mudanças climáticas.
ARTIGO
Gênero e Percepção de Mudanças Climáticas no Brasil
Este estudo utiliza dados da pesquisa “Mudanças climáticas na percepção dos brasileiros” contratada pelo Instituto de Tecnologia e Sociedade para avaliar em que medida existem diferenças entre homens e mulheres na percepção sobre o meio ambiente e mudanças climáticas no Brasil. A partir da desagregação dos dados da pesquisa de acordo com o sexo do respondente, subsidiada pela literatura internacional, busca-se compreender as razões para essa diferença. Os resultados apontam que a importância dada às mudanças climáticas cresce com a escolaridade, a renda e é maior entre os mais jovens. Sob qualquer variável analisada, em todos os segmentos, as mulheres se encontram mais preocupadas com o meio ambiente e alertas sobre a importância das mudanças climáticas. As principais recomendações apontam para a necessidade de maior inclusão de mulheres em todas as esferas de ação e tomada de decisão sobre meio ambiente e mudanças climáticas.
Tainá Ferreira
Tainá Ferreira: Natural do extremo leste de São Paulo, Tainá é graduanda em Ciências Biológicas com habilitação em Biologia Marinha e Gerenciamento Costeiro e pesquisadora convidada na Universidade do Sul da Dinamarca. Esteve no projeto Meninas na Ciência desenvolvendo projetos de pesquisa experimental adaptados para meninas de 7 a 12 anos. Fez parte do Museu Itinerante de Biologia Marinha e atualmente integra o Coletivo Jovem Albatroz, grupo jovem de conservação costeira e educação ambiental. Integrante do Laboratório de Ecologia e Comportamento Animal, atualmente estuda arquitetura animal, comportamento de crustáceos e mudanças climáticas.
PODCAST
Mudanças climáticas: Visão geral sobre mulheres, vulnerabilidades e percepção climática
Victor Siqueira
Victor Siqueira: Pesquisador na área de Opinião Pública Mudanças Climáticas. Sou mestrando em Ciência Política pela Universidade Federal de Pernambuco e desenvolvo pesquisa sobre o efeito das identidades políticas sobre a percepção das mudanças climáticas no Brasil.
ARTIGO
Evidências para comunicação climática - O Papel das Identidades
Comunicar sobre a gravidade das mudanças climáticas e sobre como engajar para mitigar esses eventos é atividade cotidiana para ativistas ambientais e climáticos, entretanto, frequentemente nos envolvemos com públicos de valores, interesses, formações e crenças tão variadas que é simplesmente inviável que uma mesma abordagem ou comunicação engaje adequadamente a todos. Para melhor nos comunicarmos sobre as mudanças climáticas, as evidências científicas indicam para um caminho: Comunicar por meio das identidades mais importantes para cada grupo ou indivíduo.